segunda-feira, 19 de março de 2012

Da Salvaguarda do vinho brasileiro


Assunto complicado; conheço pessoas, tenho amigos que trabalham e sustentam suas famílias vendendo vinho nacional. Me desculpem esses que se sentirem ofendidos, não é nada pessoal.

Há algum tempo, os produtores de vinho do Sul Brasil lutam para tentar aumentar seu prestígio (e suas vendas). Tem sido uma luta difícil. O brasileiro não parece muito interessado no produto feito por lá, e nessas horas o patriotismo não tem falado muito alto.

Mas não se enganem, não é uma luta de pequenos produtores rurais, que sofrem para sustentar sua família com o pesado trabalho do campo. O que está em jogo aqui é o interesse de grandes e milionários grupos gaúchos que produzem desde porcarias do tipo Chalise e Sangue de boi a rótulos na casa dos R$ 100 e subindo

Na época da ditadura e das proibições das importações esses mesmos grupos e famílias nada fizeram para se modernizar e investir em qualidade. Desde sempre o vinho do Rio Grande do Sul tem imagem ruim perante o resto do Brasil.

Nada ilustra isso melhor do que a frase que ouvi da boca de um produtor famoso no sul, que até a década de 90 eles tinham vergonha de comparar seus vinhos com os produzidos no Chile e Argentina...

E agora querem salvaguarda? Querem aumentar o preço do vinho que vem de países que produzem a essa bebida a milênios? que a séculos/décadas buscam melhorar a qualidade de seu produto?

Não concordo. E também não coloco todos os produtores do sul do país no mesmo barco... Só sei que isso vai ser um tiro no pé daqueles que querem empurrar seus vinhos medianos e caros goela a baixo do consumidor....

mais aqui:

Documento sobre o pedido de salvaguarda da industria do vinho brasileiro

sábado, 10 de março de 2012

O timer e o tomate

Recentemente, lendo um post no Facebook, descobri sobre a Técnica do Pomodoro.

É basicamente uma técnica para manter o foco em uma determinada tarefa. Funciona mais ou menos assim: escolhe-se uma tarefa que deve ser cumprida e se dedica integralmente a ela durante 25 minutos, depois é feita uma pausa de 5 minutos; em seguida mais trabalho por 25 minutos e assim sucessivamente. Há algumas regras a mais, mas a essência é essa.

Como eu sou um tanto ansioso e tenho tendência à dispersão, esse método funcionou perfeitamente para mim. Eu rapidamente criei o hábito de ligar um timer em 25 minutos e começar uma tarefa. Foi um alívio, pois agora eu tinha metas de tempo definidas. Eu parei de ficar me arrastando por horas em determinados assuntos.

O negocio funcionou tão bem que eu comecei a usar isso para tudo, não só para o trabalho. A partir de então:

  • Eu tenho mais noção de quanto tempo eu preciso para fazer determinados trabalhos.

  • Ficou mais claro para perceber quanto tempo eu gastava surfando a internet sem estar fazendo o que deveria fazer.
    • Agora me permito 1 ou 2 "pomodoros" por dia para ficar procrastinando na internet. Issó dá 50 minutos, parece pouco mas é uma eternidade.

  • Eu percebi a importância de rápidas paradas para descansar.

  • Eu passei a administrar melhor o meu tempo. Parei de sempre me sentir atrasado ou com pressa.

O Negócio foi tão bom para mim, que eu fiquei com uma compulsão pelos timers. E um que eu estou usando com muita satisfação é o da cozinha.

Eu não pratico a técnica do pomodo na cozinha, ainda (??), mas é tão útil ter um timer para te ajudar a saber coisas como: o tempo que o café vai ficar na french press, quanto tempo devo cozinhar a batata para o ponto perfeito. Quanto tempo vou deixar o erva do chá na água, a quanto tempo a massa está cozinhando e assim vai.

Medir o tempo, esse é o meu novo TOC.